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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Editorial: do dia 28 dezembro de 2011


Bem vindo ao 3º Mundo
       Após a segunda grande guerra, quando começou um processo mundial de batalha geopolítica o mundo se viu imerso em um novo tipo de conflito: a guerra fria. Como imaginamos que algumas pessoas devam ter pleno conhecimento, o planeta foi “dividido” em dois blocos: De um lado as nações  cuja economia se baseava no sistema econômico denominado capitalismo e do outro os que adotaram o socialismo como padrão financeiro. Estados Unidos e a extinta União Soviética disputavam territórios como se o globo fosse uma espécie de tabuleiro de xadrez. Com pleno domínio de tecnologias nucleares aplicadas à armas de destruição em massa, as duas nações apavoravam o mundo com a possibilidade de um novo conflito que pusesse fim à terra. Em alguns momentos isso quase aconteceu, mas ficou no quase. Nessa época criou-se uma designação para classificar os países, de acordo com o seu sistema econômico: o primeiro mundo (nações desenvolvidas e capitalistas), segundo mundo (nações desenvolvidas e socialistas) e o restante do planeta, que, segundo a ordem estabelecida foram batizados de países de terceiro mundo, ou seja, as nações subdesenvolvidas.
No atual contexto econômico mundial, o Brasil deixou de ser um mero país de terceiro mundo, para se converter em uma nação emergente. Aliás, acabamos de ultrapassar o Reino Unido e hoje somos consideradas a 5ª economia mundial. E quando ouvimos falar de “países de terceiro mundo”, em muitas circunstâncias paramos de nos encarar como tal e imaginamos países como o Haiti, Ruanda, Etiópia, etc. De fato, caso resolvamos comparar os seus parcos índices econômicos com os nossos, ficará bem claro a disparidade existente entre eles e nós. Mas há de se ressaltar que existem “Brasis” bem distintos desse nosso amado país. E, da mesma forma que há riqueza e pujança, a miséria insiste em dá as caras por aqui. E não precisamos ir muito longe para perceber isso.
E não só a miséria propriamente dita, mas outras tantas características que nos fazem dignos de sermos considerados ainda uma nação subdesenvolvida. Uma delas, sem sombras de dúvidas é a crônica ausência de saneamento básico. Vejamos, a nossa Ilhéus é um roteiro turístico bastante requisitado, não só pelos próprios brasileiros, mas por muitos estrangeiros. E aqui, sem muito esforço eles podem tranquilamente se deparar com esgotos sendo jogados sem nenhuma espécie de tratamento nas nossas praias, que são consideradas um dos nossos principais atrativos. Sem falar que, seja nos bairros periféricos, comerciais, residenciais, ou qualquer outro, a constância que o esgoto vaza e invade as ruas é no mínimo absurda. Ante isso, basta saber se a anunciada “parceria” entre a prefeitura e a Embasa surtirá algum efeito mesmo.  Estamos de olho. 

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