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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Editorial: do dia 06 dezembro de 2011


Cada um nos seus lugares

Nessa vida não há ninguém literalmente inútil. Apesar de ser uma palavra forte, e, a depender do contexto, podendo soar como uma ofensa, em alguns casos ela cabe como uma luva. Mas a lógica é simples, que não tem utilidade em determinada ocupação, a palavra que o define é: inutilidade. Não que essa hipotética pessoa esteja estigmatizada a não ter nenhuma utilidade na sociedade. Talvez ela apenas esteja no lugar errado. Nada além disso. Vejamos, para muitas das profissões existentes, as pessoas, caso almejem exercê-las, devem ser devidamente capacitadas. Por exemplo, caso alguém sonhe em ser um médico e utilizar dos seus conhecimentos para curar as pessoas e salvar vidas, deve cursar uma universidade e, caso queira se especializar em algum ramo da medicina, fazer a chamada residência médica. A mesma lógica se aplica a um engenheiro, um advogado, veterinário, etc. E com isso, ninguém há de ter confiança em alguém que seja, digamos, um médico autodidata, ou um engenheiro prático. Mesmo que tenham casos desses, em algumas profissões específicas, o mais lógico e que confiemos em alguém devidamente gabaritado.
Em outras ocupações, é necessário que a pessoa passe por um curso profissionalizante, ou, que tenha tido a oportunidade de aprender na prática, a exemplo de um pedreiro ou um mecânico de automóveis. Mas uma coisa é certa, para qualquer profissão que se exerça, é sempre necessário que haja uma aptidão natural. É algo que extrapola o mero entendimento material e flerta com a subjetividade que nos rege. Ou, como alguns preferem, com uma suposta espiritualidade. Mesmo que uma pessoa estude Direito, caso ela não tenha vocação, dificilmente se tornará um grande advogado. Isso é fato. Em outros tipos de agrupamentos sociais, as coisas eram bem mais explicitas em relação á essa citada questão. Por exemplo, um suposto indígena jamais alcançaria o posto de cacique caso não possuísse o dom da liderança. Muito menos um pajé, caso não carregasse uma grande vocação para a espiritualidade.
E em relação à política? Pois bem, cremos que a citada lógica em relação à vocação natural se encaixa perfeitamente. Aliás, talvez da maneira mais adequada. Vejamos, não há nenhum curso preparatório para gestores. Isso é fato. Com isso, corremos o grave risco de elegermos pessoas totalmente incapacitadas para estarem à frente das máquinas públicas, e que acabam sendo meros fantoches nas mãos de seus secretários. Será isso o que esperamos dos nossos gestores? Claro que não. Porque se uma pessoa não tem a menor habilidade para comandar, é mais do que óbvio que os reflexos estarão presentes nas ruas, nas ausências de projetos, na falta de representação para captar recursos estaduais e federais, nas demoras das conclusões de obras públicas, dentre outros fatores lamentáveis.  Com isso, uma coisa é certa, lugar de aventureiro, com certeza plena e absoluta, não é na política. Alguém discorda?

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