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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Editorial



A tão sonhada normalidade

Todos desejam viver suas vidas dentro dos padrões considerados normais. Pelo menos é isso que cremos. Mas o que viria a ser uma vida normal? Pois bem, de acordo com a definição clássica da palavra, trata-se de algo que é segundo a norma. Alguma coisa que seja habitual ou natural. Vamos um pouco além. Uma vida normal é aquela onde as coisas se sucedem na mais tranqüila ordem, sem maiores problemas. É uma vida onde os empecilhos são facilmente solucionados, sem experimentalismos e nem maiores percalços. É uma vida onde a serenidade e o bom senso caminham de mãos dadas. Onde a razão, na medida do possível, interage em pleno equilíbrio com as emoções. Dentro do que explicitamos, quem, que seja considerada uma pessoa sã, não desejará viver de maneira normal? Eis a questão. Quem não almeja uma vida dentro da normalidade, com certeza pode procurar ajuda psicológica. Vale ressaltar que uma vida normal, nada tem haver com existências medíocres. Pode-se muito bem levar uma vida tranqüila, mas que não seja necessariamente rotineira e nem enfadonha. Cabe às escolhas que cada um faz.
Vejamos, se a sociedade em que vivemos é reflexo das vidas das pessoas que a compõe, podemos então afirmar que desejamos para ela, o que almejamos para as nossas vidas. Acontece que, ao contrário das nossas vidas particulares, não cabe apenas a nós, nortear os rumos que a sociedade irá trilhar. Isso é trabalho para todas as pessoas que a forma e, obviamente, para aqueles que, através de um processo democrático, escolhemos para nos representar politicamente. E é nesse quesito que reside toda a problemática. O que esperamos das pessoas que elegemos para assumirem os cargos públicos? Muita coisa, principalmente que elas cumpram devidamente com suas funções sociais e seus compromissos ante a coletividade. Isso é bem óbvio. Mas, como as nossas vidas, sempre esperamos que as gestões públicas sejam tocadas dentro da mais pura normalidade. Pelo menos é o que todos esperam.   
Tais quais as nossas vidas, uma das coisas que mais lamentamos é perceber gestões públicas que fogem aos padrões de normalidade e flertam profundamente com a celeuma. Membros dessa suposta gestão parecem não falar a mesma língua, interesses conflitantes se evidenciam, quando, todos deveriam agir em plena harmonia. E a conseqüência de tudo isso é bem evidente. Ou seja, as coisas, ao invés de progredirem normalmente, começam a atravancar de maneira lamentável. E a população quando percebe que esse tipo de postura começa a refletir nas ruas, na má qualidade dos serviços públicos, etc, “se vê em maus lençóis”. Mas esquece-se que foi ela mesma que ajudou a forrar essa suposta cama. Pensemos nisso.       

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