O melhor caminho
A
busca pelo melhor há de ser companheira fiel de todas as pessoas. Quer dizer,
pelo menos aquelas que temos notícias que gozam de plena sanidade mental. Ante
essa condição, é natural que todo mundo busque, em suas vivências e correrias
cotidianas, toda e qualquer evolução possível. Seja ela no campo financeiro,
amoroso, cultural, etc. Com variáveis cabíveis a depender da pessoa em questão.
Mas o que se considera como “melhor” é sempre uma busca natural. Quem ganha
pouco, almeja ganhar mais. Quem ganha bem, visa ganhar melhor ainda, e assim
sucessivamente. Os que amam a cultura, objetivam cada vez mais desfrutar de
novos produtos culturais, que enriqueçam as suas almas. Os que gostam de
automotivos, sonham adquirir modelos cada vez mais possantes e modernos. São
poucas as pessoas nesse mundo que simplesmente se contentam com o que tem. Até
porque a lógica imperante nessa sociedade de consumo em que vivemos, nos
suscita uma crônica inquietação em relação aos bens de consumo. E nela, o
conceito de felicidade está intrinsecamente ligado ao ato de comprar. Seja lá o
que aparecer em nossas frentes.
E, obviamente, dentro dessa
querela envolvendo o “almejar sempre o melhor”, os homens são reflexos das
sociedades em que vivem e vice versa. E não teria como fugir disso. Mesmo que
não haja uma homogeneização dos anseios em questão, a sociedade é um organismo
que trilha os caminhos que nós projetamos individualmente para nós mesmos.
Ações negativas, repercutirão negativamente, da mesma forma que as positivas terão
os mesmos efeitos. Mas, por se tratarem de organismos que envolvem muitas
pessoas, como é do conhecimento de todos, algumas pessoas são destacadas para
tratarem de algumas questões que dizem respeito à coletividade. E, guardada as
devidas proporções, os tais “escolhidos” se depararão com questões que muitas
vezes também se sucedem em suas vidas particulares. E uma delas diz respeito ao
que consideramos como prioridade, flertando com a necessária sabedoria para que
escolhas certas sejam feitas.
Jamais pestanejaremos em repetir que para
os nossos gestores, basta seguir o velho bom senso, para que muitas ações sejam
corretas. Mas, infelizmente, isso nem sempre é levado à risca. Como resultado,
o que podemos perceber é que muita coisa que deveria ser feita, não é, e com
isso acaba-se priorizando coisas que, dentro de uma escala de importância, são
evidentemente não tão prioritárias. Cremos nós que os problemas reais que
afligem uma sociedade, a exemplo da saúde pública ineficiente, educação fraca,
etc, devem compor o topo de qualquer lista de ações das gestões públicas. O
contrário é prova cabal de incompetência. E, tal qual qualquer outra ocupação
que exista, as administrações públicas devem ser comandadas por pessoas
capazes. Caso contrário, a porta da rua há de ser sempre serventia da casa.
Alguém discorda?
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