O sonho não acabou
“Sonhar
não custa nada”. É o que nos diz a letra de uma famosa canção. E não custa nada
mesmo. Taí algo que ninguém jamais poderá imaginar em nos privar de fazer. É o
nosso diálogo interno entre a realidade e a subjetividade. É a nossa
comunicação interna com um universo diferenciado, onde tudo se sucede de
maneira natural e tudo aquilo que almejamos para as nossas vidas se concretiza.
Para adentrar nessa realidade paralela a receita é fácil. Basta fechar os olhos
e imaginar. Albert Einstein um dia afirmou que a imaginação é mais importante
do que a inteligência. O que ele na verdade quis dizer, é algo que foge ao
materialismo das coisas que nos cercam, onde só se crê nas coisas palpáveis ou
sujeitas a mensurações. Trata-se do poder do imaginar. Da grande magia que
envolve o ato de desejar profundamente determinada coisa. Vejamos, quando nos
imaginamos algo, desprendemos uma energia. A depender da intensidade do
imaginado, desde que não seja algo impossível, é bem provável que ela tenderá a
se concretizar. É o chamado poder de sugestão e sem sombras de dúvidas um dos
grandes mistérios que envolvem os poderes da mente humana.
Pois bem, o fato de estarmos
ressaltando a beleza poética do sonhar e a sua inquestionável importância, não
quer dizer em hipótese alguma que devemos viver com os pés fincados nesse mundo
alternativo. Jamais será assim que a banda deverá tocar. O equilíbrio se faz
peça importante nessas horas. Da mesma forma que temos a liberdade para sonhar,
sempre buscando mentalizar coisas positivas para as nossas vidas, encarar de
frente a realidade é coisa que não devemos nos desvencilhar. A não ser que
queiramos levar fama de louco. Cremos nós que não seja uma coisa aprazível. Em
nada adiantará “sonharmos” com certos acontecimentos em nossas vidas, se, junto
a essa benéfica mentalização, não vier junto com ações para que tal se
concretize. Isso é fato.
Pois bem, alguns políticos locais, que,
por uma questão de ética não divulgaremos os nomes, tem como hábito sonhar em
voz alta. Pois é, trata-se de uma modalidade num tanto quanto estranha, mas
bastante corriqueira por essas bandas sul baianas. Vejamos, do que adianta
gastar saliva em bancadas e púlpitos, com discursos, afirmando que quer uma
coisa, que fará algo, que deseja determinada situação, se nada mais será feito
para que a coisa se concretize? Será que eles acham que isso os ajudará a
ganhar credibilidade ante a população? Cremos que o efeito disso será
justamente o contrário. Ou seja, quando o povo começar a perceber que o que vem
sendo dito por muitos, não passa de uma verdadeira falácia sonhadora, o tiro
sairá pela culatra. Há de se convir que trata-se de uma postura um quanto tanto
estranha para um representante político do povo, cuja missão é justamente
contrária a essa citada. Ou seja, agir para que supostos sonhos e desejos da
coletividade se transformem em realidade. E não sair divulgando devaneios, que
podem até ser importantes caso seja concretizados. Mas, por enquanto, e os
fatos não nos deixam mentir, são apenas sonhos. Cabe a nós acordarmos dessa\
realidade que já flerta com um lamentável pesadelo.
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