A primeira das duas reuniões aconteceu na sede do SAMU, lá os edis puderam ouviram dos médicos socorristas, enfermeiros e funcionários muitas reclamações da situação caótica que o órgão se encontra atualmente. Às vezes suprimentos básicos como luvas e talas tem que ser trazidos do Hospital Regional para que as emergências sejam atendidas com o mínimo de condição possível.
No que diz respeito ao salário a queixa também é grande, o SAMU foi inaugurado em 2005 e desde então nunca houve reajuste na folha salarial de seus funcionários. A estrutura do órgão também é alvo de reclamação, uma vez que há mais de dois meses não há um coordenador geral e médico para poder fazer a escala dos socorristas.
As ambulâncias que prestam atendimento aos munícipes estão totalmente sucateadas, mesmo havendo uma verba federal para que as mesmas sejam consertadas periodicamente. Atualmente o SAMU conta com 6 ambulâncias, mas apenas 4 estão funcionando com muita dificuldade. Para que essa situação seja amenizada, o Ministério Público já liberou 3 novas ambulâncias que estão em fase final de montagem. A previsão é de que no início do mês de abril elas estejam em pleno funcionamento.
“A reunião foi importantíssima, esse trabalho já vem sendo feito desde o ano passado e continuaremos visitando não só os órgãos relacionados a saúde, mas também os setores de educação, transporte, trânsito e outros”, lembrou Dinho Gás, presidente do legislativo ilheense.
HOSPITAL REGIONAL – Já na visita ao Hospital Geral Luíz Viana Filho, os 7 vereadores se reuniram com os diretores da instituição Gustavo Silveira (Diretor Geral), Jorge Avelar (Diretor Médico), Gileno Leal (Diretor Administrativo) e Josevaldo Viana (Diretor de Planejamento) para tratar da falta de médicos em alguns turnos e do grande número de atendimentos que o Hospital vem prestando nos últimos meses.
O Hospital Regional teve um grande acréscimo de atendimento nos últimos anos, cerca de 2 mil pessoas eram atendidas, porém somente no último mês de dezembro em 2010 mais de 7 mil foram realizados, quando somente 30% desses atendimentos deviam ser feitos no Hospital. “A população vem nos procurando cada vez mais, isso se deve a melhoria no serviço que estamos prestando ultimamente”, disse Gustavo Silveira.
Uma crítica feita pelos diretores do Hospital é de que a Rede Básica de Saúde da cidade não funciona. “Os Postos de Saúde dos bairros estão parados, com isso as pessoas acabam recorrendo ao Regional em busca de atendimentos básicos como pediatria, clínica médica e ortopedia, quando isso poderia ser realizado nos próprios bairros”, salientou Gil Leal.
Outra luta dos diretores do hospital é a constante falta de médicos. Nos últimos anos o Hospital Regional perdeu cerca de 20 médicos, muitos não chegam há ficar duas semanas e já pedem demissão alegando não agüentar a dura jornada de trabalho e má remuneração.
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